O diagnóstico de enfermagem, comprometimento da memória, em idosos hospitalizados

ARTIGO ORIGINAL

O diagnóstico de enfermagem, comprometimento da memória, em idosos hospitalizados*

Priscilla Alfradique de SouzaI; Rosimere Ferreira SantanaII

IAurora de Afonso Costa-Escola de Enfermagem, Universidade Federal Fluminense – UFF – Rio de Janeiro (RJ), O brasil
IIDepartment de Médico-Cirúrgica de Enfermagem Aurora de Afonso Costa-Escola de Enfermagem, Universidade Federal Fluminense – UFF – Rio de Janeiro (RJ), Brasil

autor Correspondente

RESUMO

o OBJETIVO: Identificar e analisar o diagnóstico de enfermagem de memória deficiente (IM) em idosos hospitalizados.métodos :um estudo exploratório quantitativo foi realizado usando um protocolo de pesquisa, levando à identificação do diagnóstico de enfermagem, memória deficiente, em 61 pacientes idosos em um hospital universitário no Estado do Rio de Janeiro.resultados: entre esses idosos, 24 (39,4%) exibiram IM; 50% destes idosos eram mulheres, 33,3% tinham entre 71-75 anos e 45,8% completaram o ensino fundamental. O estudo identificou 125 características definidoras, sendo a principal característica a: esquece – se de realizar um comportamento em uma hora marcada. Foi identificado um total de 54 factores relacionados, sendo o factor primário (50%) considerado como sendo: desequilíbrio hidro-electrolítico.
CONCLUSION: The need for trained nurses anteciping risks triggering admissões is necessary for accurate identification of nursing diagnoses in the hospital setting. É especialmente importante que os enfermeiros sejam capazes de identificar a perda de memória e avaliar a manutenção da capacidade funcional, com vista à reabilitação após a alta e promoção do tratamento holístico para estes pacientes.

palavras-chave: demência; Diagnóstico de enfermagem; enfermagem Geriátrica; Memória; Saúde do idoso

INTRODUÇÃO

Durante o processo de envelhecimento, perdas e mudanças importantes podem ocorrer no organismo, especialmente nos sistemas: nervoso central, respiratório, músculo-esquelético e cardiovascular, no entanto, estes podem ou não ser relacionados aos sinais e sintomas constituinte de condições patológicas(1-3). Em termos de Gerontologia, as perdas tornam-se patológicas quando ocorrem como perdas em capacidade funcional, ou seja, em autonomia e independência(1,3-4). Entre estas doenças, as síndromes de demência assumem uma posição de destaque, pois levam à perda progressiva de capacidade funcional(5-6). Duas condições principais de demência pode ser esperado, reversível, em que ainda é possível evitar ou interromper o curso da doença e até mesmo reverter a condição, também conhecida como tratável; e um segundo tipo, chamado irreversível, sem prevenção, e com uma inexorável curso progressivo(7-9). considerando o número crescente de idosos hospitalizados, com taxas de quase 50% da ocupação diária de camas hospitalares, as síndromes de demência constituem uma das principais causas de hospitalização em pessoas com mais de 60 anos(5). Estes podem apresentar-se como causas primárias, quando um indivíduo é hospitalizado devido a um déficit nutricional por causa de disfagia, por exemplo; ou como secundários, como no tratamento de pneumonia causada por um processo disfágico durante um longo período(3-4,7). Uma pessoa idosa considerada frágil, ou que apresenta um risco de desenvolver condições adversas ou Síndromes Geriátricas, muitas vezes tem múltiplos problemas de saúde. Assim, a doença no estágio agudo ou crônico pode resultar de vários fatores patológicos ao invés de uma única causa(1,4). As síndromes geriátricos, i.e. problemas causados por vários fatores etiológicos, deve ser freqüentemente avaliada por enfermeiros, com uma equipe multidisciplinar, visando à prevenção e promoção de cuidados de 5 ‘eus’ de geriatria: imobilidade, instabilidade, complicações iatrogênicas, intelectuais e incontinência(4). Assim, a complexidade de cuidados geriátricos e, acima de tudo, que relevantes para geriátrica de síndromes, como a síndrome de demência e consequente perda de memória e cognição, realçar a necessidade de investigar a presença do diagnóstico de enfermagem Memória Prejudicada em idosos hospitalizados. a partir disto, o problema de pesquisa foi construído: Qual é a incidência do diagnóstico de enfermagem memória comprometida em idosos hospitalizados? Com os objectivos: Para identificar o diagnóstico de enfermagem Memória Prejudicada (NDIM) em idosos internados em medicina interna e cirurgia enfermarias de um hospital universitário no estado do Rio de Janeiro; classificar as características definidoras presentes no NDIM para a aplicação do protocolo com a hospitalizado indivíduos; verificar os principais fatores relacionados com o presente no NDIM encontrados por meio de pesquisa a prova documental. memória deficiente é, por definição, a incapacidade de recordar ou recordar peças de informação ou habilidades comportamentais. As suas características definidoras (DCs) são:: esquecer de executar uma ação no tempo planejado; experiências de esquecimento, incapacidade de aprender e reter novas habilidades e informações; incapacidade de determinar se uma ação foi realizada; incapacidade de realizar previamente habilidade aprendida; a incapacidade de recordar informações factuais. Os factores relacionados são anemia, diminuição do débito cardíaco, desequilíbrio hidro-electrolítico, perturbações ambientais excessivas, distúrbios neurológicos e hipoxia(10). Assim, na busca de identificar o diagnóstico de enfermagem no ambiente hospitalar, o objetivo foi contribuir para a formação de conhecimentos e práticas que ajudam enfermeiros para antecipar e minimizar os riscos acionado pela hospitalização na população idosa, especialmente a perda de memória e de manutenção das atividades diárias dos idosos na fase aguda do processo, para capacitá-los para a reabilitação após a alta e a promoção de cuidados de saúde integrados. este estudo exploratório quantitativo foi desenvolvido com 61 pacientes idosos hospitalizados no Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense (HUAP/UFF), localizada em Niterói – Rio de Janeiro, no setor médico-cirúrgico interno. Inicialmente, a fim de destacar os DCs do NDIM e devido à necessidade de validar, no ambiente hospitalar, a aplicabilidade dos testes: Miniatric Depression Scale (GDS), The Lawton Instrumental Activities for Daily Living Scale (IADL), and the Katz Activities of Daily Living Scale (ADL). Instrumentos utilizados internacionalmente nos cuidados de saúde idosos(11-13). Um teste piloto foi realizado e resultou na criação de um protocolo para a identificação do NDIM. Para padronizar a análise de dados e os resultados a serem obtidos, foi necessária uma correlação prévia entre o DCs e os testes aplicados, a fim de desenvolver um protocolo. Posteriormente, para melhorar a compreensão dos itens e analisar a correlação dos instrumentos de avaliação cognitiva com o DCs da ND em estudo, o protocolo do NDIM foi avaliado por cinco especialistas na sistematização dos cuidados de enfermagem e saúde dos idosos, que deram uma opinião favorável para seu uso. a recolha de dados foi realizada em agosto de 2007, a partir do registo de admissão de idosos nas enfermarias de Medicina Interna e cirurgia. Assim, a seleção dos participantes ocorreu por amostragem aleatória simples. Constituídas a partir dos seguintes critérios de inclusão: pessoas com mais de 60 anos de idade, capazes de se expressar verbalmente e com os critérios de exclusão: condições clínicas potencialmente fatais e sem tutor legal. Foi aplicado um tratamento analítico descritivo simples e variado aos gráficos com valores absolutos e/ou percentagens. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética de pesquisa do centro de Ciências Médicas da UFF, CAAE nº. 0041.0.258.000-07 de acordo com a Resolução nº. 196/96 do Conselho Nacional de saúde do Ministério da Saúde. Os Termos de livre consentimento prévio informado foram assinados pelos responsáveis legais pelos participantes idosos do estudo. resultados resultados características sociodemográficas durante o período de recolha de dados, 123 idosos foram hospitalizados nas enfermarias estudadas e o instrumento de recolha de dados foi administrado a 61 idosos, aproximadamente 50% da amostra. O resultado é relevante porque apresenta um valor considerável numa determinada faixa etária de clientela que está em constante crescimento. Dos 61 protocolos aplicados, concluiu-se que 24, ou 39.4% dos idosos apresentaram o NDIM, composto por 12 (50%) mulheres e 12 (50%) homens, que necessitavam de cuidados de enfermagem específicos e especializados na promoção de cuidados eficazes. Sobre a homogeneidade do NDIM por sexo, sua presença foi estabelecida de forma aleatória e apenas com estudos de prevalência é possível esclarecer a existência de um risco aumentado para um dos sexos. os dados do Quadro 1 mostram as principais características sociodemográficas e os principais resultados das escalas e testes. As idades variaram entre 60 e 92 anos, predominantemente entre 71 e 75 anos com (33,3%) dos participantes. Em relação ao nível de escolaridade, 11 (45,8%) dos participantes tinham o Ensino Fundamental Incompleto. Quanto às escalas e testes utilizados, desde a aplicação do Mini-Exame do estado Mental (MMSE), foi identificada uma relação entre os sintomas de deficiência cognitiva dos pacientes idosos e os resultados encontrados no NDIM. O MMSE, um teste de rastreio para o diagnóstico de demência, ajuda o avaliador a estimar quantitativamente a insuficiência cognitiva dos doentes(12-13). Os pontos de corte, de acordo com o nível de escolaridade são: 13 pontos para analfabetos, 18 para nível médio de escolaridade (até 8 anos de educação formal), e 26 para indivíduos com maior nível de escolaridade (mais de 8 anos)(12-13).

Assim, 11 (45.8%) participantes obtiveram pontuação abaixo de 13 pontos (grave comprometimento cognitivo), nove (37.5%) apresentaram comprometimento cognitivo leve e apenas quatro (16.7%) Os doentes idosos não tiveram compromisso cognitivo. De acordo com os dados apresentados, deve ser possível estabelecer uma relação entre os pacientes idosos com níveis máximos de escolaridade com ensino fundamental completo (80%) e aqueles com valores abaixo de 18 pontos no MEEM (83%). Assim, o baixo nível de escolaridade ajuda na compreensão do grau de deficiência cognitiva existente na maioria dos participantes evidenciado, com uma média de cinco DCs para cada paciente idoso (Figura 1). Estes dados confirmam estudos anteriores sobre a presença de múltiplas deficiências cognitivas em pacientes hospitalares idosos, a identificação frequente de mais de uma DC por indivíduo, e também destaca a complexidade dos cuidados oferecidos(4,9). Os pacientes idosos também foram avaliadas usando-se a escala de AIVD, que as estimativas de dependência nas atividades instrumentais da vida diária, classificando como independentes aqueles com valores acima de 21 pontos e dependentes aqueles abaixo de 21 pontos(13). No que diz respeito aos participantes com NDIM e a relação entre o gênero e os valores médios da IADL, tanto mulheres quanto homens demonstraram dependência. No entanto, os homens tinham pontuações mais baixas, sugerindo um maior grau de dependência no desempenho da IADL. Assim, observou-se que a pontuação média do IADL entre os homens era de 9 pontos, e entre as mulheres, 12 pontos. O resultado indica um déficit na população masculina 25% maior que a feminina. Quanto aos resultados da escala ADL de avaliação do grau de dependência dos idosos na realização das atividades da vida diária, determinou-se que, conforme a progressão das cartas, o paciente mais dependente será(6-7,13). Em relação ao sexo e às estimativas da LDA, não houve participantes masculinos com o resultado ” A ” (totalmente independente), mas 3 (25%) mulheres idosas apresentaram este perfil(13). Os DCs podem ser observados na Figura 1. Na terceira posição, com 18 pacientes idosos (75%), foi DC1 – incapacidade de recordar eventos passados ou recentes, esta DC foi analisada a partir do teste MMSE, IADL, ADL e clock. Dezesseis (66.7%) tinha DC3 – incapacidade de aprender novas habilidades, incapacidade de aprender novas informações, incapacidade de reter novas habilidades, incapacidade de reter novas informações. Estas características foram identificadas com base na conclusão do MMSE, a partir dos testes de registro, linguagem, memória de memória e memória de palavras.

DC5 – incapacidade de determinar se foi tomada uma acção, foram identificados 15 indivíduos (62, 5%). Esta característica foi evidenciada pela aplicação da escala IADL e também da escala ADL. Em relação ao DC6-uma incapacidade de realizar habilidades previamente aprendidas, isso estava presente em 14 idosos (58,3%). Este DC avalia a capacidade motora, a execução de comandos e escrita. A análise do DC6 foi realizada através do teste do relógio, da chamada de palavras e do desenho de um pentágono. A respeito DC4 – experiências de esquecimento – este foi encontrado em seis pacientes idosos (25%) que relataram tal percepção ao ser questionado especificamente sobre o funcionamento da memória e, também apresentou resultados relevantes (uma pontuação maior ou igual a 5 pontos) na avaliação utilizando a Escala Geriátrica de Depressão (GDS)(14). O GDS, escala de avaliação que auxilia na identificação de casos sugestivos de depressão, constitui um diferencial para evitar confusão entre condições de demência e depressão. Os resultados de 5 a 7 devem ser investigados e acima de 7 indicam depressão provável (14). Embora não diagnosticada como depressão clínica, sua ocorrência varia entre 10% a 25% nos idosos que vivem na comunidade, entre 12% a 16% nos idosos residentes de instituições de cuidados de longo prazo e mais de 20% a 30% para os residentes institucionais com sintomas depressivos(7,9,14-15).

entre os RCS identificados, 24 (100%) doentes apresentaram DC7 – esquecendo-se de realizar uma acção num momento planeado, observada com base nas escalas ADL e IADL. Em segundo lugar, com 21 (87.9%), DC2-incapacidade de recordar informações factuais, foi mais incidente, identificado a partir dos testes da linguagem, atenção, cálculo, desenho e relógio. A distribuição de pelo menos cinco ou mais doenças crônicas(9,15). Tal como no caso dos DCs, os factores relacionados (EF) também têm a possibilidade de mais de uma ocorrência de RF por participante do estudo. Assim, foram encontrados 54 factores relacionados em 24 doentes idosos com NDIM, ou 2, 2 RFs para cada doente idoso. O mais freqüente foi RF1, desequilíbrio de fluido e eletrólito, encontrado em metade dos indivíduos, em conformidade com os dados na Figura 2, que mostra a distribuição da RFs.

portanto, RF2 e RF3, distúrbios neurológicos e frequentes distúrbios ambientais excessivos, respectivamente, foram observados em dez participantes (41, 7%). Deve-se notar que do total de pacientes idosos com NDIM, cinco (20,8%) tiveram um diagnóstico de acidente vascular cerebral e quatro (16,7%) um diagnóstico de doença de Alzheimer. No entanto, apenas dois dos pacientes idosos apresentaram os diagnósticos primários relatados acima como a principal razão para a hospitalização. O terceiro RF mais prevalente identificado foi RF4, anemia, em 9 (37,5%) dos pacientes idosos. Redução do débito cardíaco, RF6, foi encontrada em 8 (33%) dos idosos, compondo uma das principais causas de mortalidade entre os idosos no Brasil. discussão ao realizar uma análise simples, concluiu-se que em um período de 30 dias, a cada dia, pelo menos quatro novos idosos foram hospitalizados nas enfermarias estudadas, corroborando estudos nos quais as taxas de hospitalização de pacientes com mais de 80 anos foram encontradas sendo quatro a cinco vezes mais altas do que as do grupo entre 40-49 anos(11,15). Esta situação exige cuidados de enfermagem específicos e especializados para a promoção de cuidados eficazes. foi observado que a prevalência de demência aumenta exponencialmente com a idade, duplicando aproximadamente de cinco em cinco anos, desde os 60 anos até aos 93 anos de idade. Além disso, com o aumento da idade, a cada cinco anos, as taxas triplicaram até 63 anos, dobrando entre as idades de 64 e 75 e aumentou uma vez e meia em torno de 84 anos(1-3). Estudos comparando a prevalência e incidência de síndromes de demência conduzidos em duas populações de residentes nos Estados Unidos da América de Boston, obtiveram resultados que não foram significativamente diferentes entre homens e mulheres(8-9). Por conseguinte, um maior número de mulheres com síndrome de demência pode ser causado pela maior esperança de vida das mulheres e não por um factor específico relacionado com o género. Para esta afirmação, serão necessários estudos adicionais para clarificar a influência do género nas taxas de prevalência. A partir dos resultados da escala ADL, observou-se que a grande maioria dos doentes idosos permanece totalmente dependente. Ao analisar a porcentagem de idosos do sexo masculino, observou-se uma maior porcentagem de indivíduos totalmente dependentes.

no Brasil, a pontuação do MMSE validado varia de 0 a 30 pontos e tem, como ajuda na sua classificação de resultados, o nível de escolaridade(5-8). Assim, a percentagem de doentes idosos com NDIM que apresentaram baixos níveis de escolaridade e marcou abaixo de 18 anos no MEEM são muito próximos (aproximadamente 80%), justificando a identificação de uma relação direta entre a capacidade de reserva cognitiva e o nível de escolaridade(11-12). A alta prevalência de DC7, esquecendo-se de realizar uma ação no tempo planejado, está relacionada com escores baixos nas escalas ADL e IADL, o teste de relógio e relatórios dos participantes e cuidadores. Estes dados reforçam a relação do processo de hospitalização e a sua influência na capacidade funcional dos idosos. No que se refere ao DC2 – défice de registo de informações factuais – há uma série de factores causais. Entre estes, pode considerar-se o processo de desorientação, diminuição da memória e das funções cognitivas através das quais passam os idosos institucionalizados, reacções adversas, iatrogenisia, dependência desenvolvida durante a hospitalização e falta de estímulos ambientais. os riscos potenciais (quedas, infecções, incontinência, úlceras de pressão, desidratação, delírio, imobilidade, depressão) podem interferir directamente na diminuição da memória e a diminuição da memória pode exacerbar estes riscos, como se pode ver na Figura 3. Como consequência destas complicações, a hospitalização dos idosos pode ocorrer através do processo de exacerbação de uma condição crónica. Com isso, o enfermeiro deve ser capaz de identificar a causa das complicações que podem ser apresentadas como problemas secundários às causas primárias.

a incapacidade de recordar eventos – DC1 – estava relacionada com a memória de curto prazo, uma vez que é um dos primeiros locais de armazenamento de informação a sofrer danos. Consequentemente, manifestam-se sinais de perda de memória e/ou alguma alteração cognitiva já instalada, que pode ser causada por uma demência reversível ou irreversível. O DCs identificado – incapacidade: aprender novas competências; aprender novas informações; conservar novas competências; e conservar novas informações pode contribuir para atrasos na realização das actividades quotidianas. Embora a capacidade de registrar informações, atenção e concentração diminua, a capacidade de aprender é mantida. Portanto, há uma necessidade de uma avaliação Precisa por parte da enfermeira para evitar mitos e estereótipos do envelhecimento.

Os idosos, pacientes com estágio avançado de comprometimento cognitivo, quando hospitalizado devido à condição de redução do estímulo ambiental, tendem a ter uma exacerbação da doença, aumentando, consequentemente, dos seus graus de dependência(6-7,13). Assim, DC5, correspondente à incapacidade de determinar se uma ação foi realizada, estava presente na maioria dos indivíduos, como dependência considerável no desempenho de suas atividades diárias. As experiências de esquecimento-DC4, podem apresentar relacionamentos com o início da condição de depressão nos idosos, uma desordem complexa, com diferentes manifestações. Embora os episódios depressivos possam ter sido um problema ao longo da vida do indivíduo, não é incomum que este transtorno seja um novo problema na velhice. Pode ser associada a fatores biopsicossociais e socioculturais e outras variáveis(6,14). É, portanto, importante que os enfermeiros desenvolvam uma avaliação cuidadosa, a fim de aumentar a precisão de diagnóstico na identificação correta das várias queixas de deficiência cognitiva.

em doentes deprimidos, as queixas de memória são mais frequentemente apresentadas quando comparadas com doentes com síndrome de demência, mas podem ser detalhadas, mesmo sem cooperação e vontade(12, 14). No entanto, na demência, não há queixa, e quando ocorre, ocorre sem a possibilidade de detalhamento. Na depressão, há perda de sociabilidade, enquanto na demência este processo é inicialmente mantido, especialmente na fase inicial (5-7).

O baixo número de doenças identificadas em pacientes idosos e, consequentemente, de RFs destaca uma questão importante que pode ocorrer no ambiente hospitalar, a prestação de cuidados de saúde apenas para o fator de internação,

por exemplo, a queixa principal, porque é a mais evidente condição patológica. É necessária uma abordagem holística que aborde o indivíduo no seu contexto fisiopatológico, social e psicológico, garantindo cuidados de qualidade. A prevalência do desequilíbrio de fluido RF1 e electrólito, pode ser explicada pela capacidade de se apresentar como potencializador da insuficiência cognitiva crónica e do desenvolvimento de condições agudas. O início súbito de confusão pode ser o primeiro sintoma de desidratação ou uma alteração na função física, causada, por exemplo, por pneumonia, infecção do tracto urinário ou desidratação(5-6).

redução da potência cardíaca (RF6) ocorre sem causa específica, no entanto, pode ser prevenida. Os distúrbios neurológicos, RF2, têm como principal causa o aumento do risco de déficit de irrigação cerebral, desencadeando lesões prejudiciais às funções cognitivas. Fumar, obesidade, gestão ineficaz do stress, colesterol elevado e hipertensão constituem factores de risco importantes para o desenvolvimento de doenças neurovasculares(1-3, 5). Anemia (RF4) também foi encontrada em pacientes com deficiência cognitiva. Portanto, foram necessários exames para ajudar a identificar diagnósticos diferenciais, tais como: bioquímica, pesquisa sobre deficiências de vitamina B12 e distúrbios do fígado, uma vez que estes fatores podem confundir a clínica e sobrepor-se ao processo primário degenerativo, levando a perdas cognitivas, tais como déficit de concentração ou lentidão de movimento, geralmente secundária à demência(4). Em relação à RF5, hipoxia, é importante notar que, durante a terapêutica com oxigénio, a retenção de dióxido de carbono pode provocar narcose de dióxido de carbono nos idosos, uma complicação grave, que apresenta condições que vão desde confusão, agitação, hipotensão, falha circulatória à depressão cerebral, que pode progredir para sonolência ou coma(1,4). Por conseguinte, esta terapêutica deve ser utilizada com prudência, monitorizando os gases sanguíneos e observando os idosos e os seus sintomas clínicos. conclusão a identificação de 24 doentes idosos (39.4%) com o NDIM na área de Medicina Interna e cirurgia, que representa aproximadamente 20% da clientela idosa deste site, destaca a necessidade de formação de profissionais com vista à avaliação multidimensional dos idosos hospitalizados e sua rede de atendimento. O protocolo desenvolvido contribuiu grandemente para a identificação dos DCs relacionados com a evidência de deficiências cognitivas apresentadas nos testes e escalas utilizados. O seu prévio de validação, uma maior segurança e aplicabilidade para o estudo, além de indicar a possibilidade de sua aplicação no ambiente hospitalar e a eficácia do uso de testes para o cliente hospitalizado, incentivando o desenvolvimento de precisão diagnóstica e reduzir as chances de desenvolver uma imprecisa diagnóstico de enfermagem. durante a aplicação do protocolo, foram encontradas doenças associadas não registradas em registros médicos, que podem estar associadas ao baixo número de EF identificados, evidenciando uma tendência em cuidar da queixa primária de hospitalização, diminuindo as possibilidades de atenção às diferentes respostas apresentadas por idosos com síndrome geriátrica. A partir da classificação de 125 DCs presentes no NDIM, sua alta freqüência em pacientes idosos hospitalizados pode ser inferida, com uma média de cinco em cada diagnóstico realizado. Isto é, os indivíduos apresentam mais do que um evidenciando a característica de NDIM, justificando a complexidade do cuidar do paciente idoso com diagnóstico de deficiência de memória, bem como a necessidade de desenvolver habilidades e competências em tal avaliação e diagnóstico. Portanto, a identificação do diagnóstico de enfermagem indica a necessidade de se formular um plano de medidas intervencionistas, usando o mnemônico técnicas, treinamento de cuidadores e de terapêutica de comunicação, contribuindo assim para o cuidado integral e a promoção da qualidade de vida, autonomia e independência das pessoas idosas.2. Carvalho Filho ET, Netto MP. Geriatria: fundamentos, clínica e terapêutica. 2a ed. São Paulo: Atheneu; 2006.

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